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Fotos, fatos e factos

Confessado por Mulherde30, em 30.06.05

Há homens que de facto ficam um espanto de fato.

Gostei muito da exposição de fotografia. Fotos bonitas.

Há homens que têm os ombros perfeitos para usarem fato.

Fotos a preto e branco, como gosto.

Há homens de fato que de facto nos lançam uns olhos que fazem arrepiar a pele.

Encantei-me muito mais pelo fotografo que pelas fotografias, mas os nus eram de uma sensualidade tremenda.

Há homens que transpiram charme por todos os poros vestidos assim num fato tão à medida.

Os seios, os corpos descobertos deitados em areias sem fim...

Há homens de fato que despertam atenção.

Começo a pensar que está calor demais aqui dentro.... deve ser por desejar sessões assim: de corpos expostos. Talvez por isso goste de fotografia, quem sabe um dia encontro quem se consiga libertar de pudores e consiga expor-se assim?

Há homens que ficam tão bem de fato que tambem resolvem sair para a esplanada...

A vista daqui é bonita....vê-se a praia lá longe...

Há homens de fato que nem são bonitos, mas têm um quê de sexualidade exposta, de apetecer descobrir o que escondem os tecidos... podem não ser bonitos mas têm um charme daqueles que derrete.

Já não lembro da ultima vez que olhei para um homem assim. Lembro mas preferia não lembrar.
Não é moreno...tem a pele clara. Nem sempre captam a minha atenção. Atraem-me homens morenos. Este não é...e atrai tambem.
As mãos que encosta ao vão para se apoiar são bonitas. Usa relógio, que dá mais encanto.
Olha não sei para onde, para longe, distraído.

Há homens que nasceram para usar fato.

Tira o casaco, apoia-o na cadeira. Senta-se. Olha para mim. Estamos sozinhos aqui fora. Desprende a gravata e desaperta um botão da camisa.... parece até que me convida a uma festa privada.... olha-me como quem diz: "queres?"

O calor é terrivel. Faz despertar desejos tão loucos ou então é efeito das fotos eróticas que estão expostas aos olhos do mundo.
Este homem de fato prende os olhos....


Sinto-me a caminhar. Olhar para alguem assim, significa que estou a cicatrizar....mas quer tambem dizer que estou sensivel...que me posso apaixonar facilmente. E não sei se quero.

Desde o dia que soube que no meu casamento existia gente a mais estive com....um. Um homem. Só um.
E desde essa altura que as coisas ficaram muito piores, que os medos ficaram maiores, que tudo ficou muito mais dificil de acreditar. Fiquei muito mais magoada com a vida...talvez porque foi num momento em que já me sentia quase pronta.
Mas não pode ser assim... não posso ficar presa em coisas que não me deixam caminhar, em correntes que me prendem e que eu não quero. De pessoas que mudaram demais a minha vida sem eu pedir nem esperar....
Penso que é mais que tempo de mexer com a vida, de a empurrar para a frente mesmo que ela teime em ficar quieta. Não pode ser...tenho que me libertar, conseguir entregar-me mesmo que seja sem qualquer tipo de amor...
Mas sei que não capaz.
Mas sei tambem que é tempo demais sozinha, tempo demais a esperar.
Não posso de forma alguma prender-me a quem tudo esqueceu. Preciso pôr o meu coração ao largo, deixar entrar as coisas bonitas que a vida tem para mim. Olhar e sentir que posso ser capaz....

Olhei para este homem de fato e consegui interessar-me... isto fez-me sentir de novo com coragem. Sentir que consigo. Apesar do medo.

Que faça tudo, que grite, me liberte, que chore, que ria... mas nunca, nunca mendigar amor.

E preciso dizer que há homens que são um tesão de fato.
Camisa preta? Nã!...Há homens que com camisa branca e fato ficam o pecado em forma de gente.... que perdição!

publicado às 16:34

Madrugadas...

Confessado por Mulherde30, em 30.06.05

Como não conseguia adormecer, levantei-me e saí.
Quando as imagens que me povoam a mente me massacram, quando são aquelas que eu não quero lembrar, quando ainda dói...o melhor é mesmo andar. Caminhar pelas ruas que conheço de cor, perder-me por ruelas que nunca me levam a lugar algum. Só mesmo para esquecer ou para manter longe de mim memórias custosas de um passado tão recente.

Dispo a camisa de cetim vermelha, visto as calças de ganga, os ténis, camisola preta.
A noite está fria... o céu estrelado.
Sento-me num banco de jardim a pensar porque raio a vida é por vezes tão cruel. Porque raio sinto que tudo à minha volta está tão estagnado.
Os meses vão passando, a vida vai-se vivendo da melhor forma que consigo, que posso e que sei.
Mas falta uma razão. A luta por algo.

Chega-se perto um rapaz que me pede um cigarro. Eu dou-lho. Não me apetece fazer outra coisa que não isso. Costumo vê-lo a vaguear pela cidade. É toxicodependente.
Digo-lhe para se sentar à minha beira. Ele senta-se em silêncio. Num silêncio de quem desconfia. E quando o silêncio começa a pesar pergunta-me:
- Estás triste?
- Estou...
- Porquê?
- Porque, tal como tu, preciso de uma razão. Tal como tu tenho vicios que me custam largar, deixá-los de lado e partir.
- Andas na droga?
- Não.... mas tambem não é preciso....se pensarmos, toda a sociedade é cheia de drogas que tambem não conseguem largar. Coisas sem as quais sabemos que podíamos ser mais felizes e que, mesmo assim, não conseguimos abandonar. A sociedade é dependente.
- É só por isso que te sentes triste?
- Não só mas tambem.... são estes braços que me lembram dos abraços que dei....esta boca que quiz vida duma boca que me roubou vida.... estes olhos que não secam... estes pés que não têm direcção... estas mãos que procuram outras para apertar. Esta alma que precisa de outra para encontrar aquele amor tranquilo que procuro e que preciso. E por vezes, parece-me que tudo já é tarde. Que o hoje já devia ter sido ontem. E condeno-me por ser assim ... por ter necessidade de palavras, pelas palavras em que acredito quando menos devia acreditar. Parece-me tudo tão fácil aqui dentro...mas depois, na vida partilhada tudo fica tão dificil! Vivemos uma vida em esperas....quase todas inuteis, sem sentido, sem razão, sem fim. São desejos, são saudades, são vontades...é pensarmos que somos um quando afinal somos dois...pensar que somos o melhor par quando afinal somos ímpar... E sabes o que te digo? Tenho horas que nem eu me consigo entender...
- És uma gaja fixe.
- Não me chames gaja, não gosto.
- E menina? Pode ser?
- Pode...
- Gosto de te ouvir falar...
- Nem sempre é facil.... no papel os pensamentos e sentimentos explicam-se melhor...falar é sempre mais dificil. Tenho a teoria quase toda... mas na prática, fico longe de atingir as metas. É por isso que perco.


A verdade é que se olha para tras para se poder seguir em frente.... a verdade é que há partes de nós que nos custa largar....porque se mantêm agarradas ao peito e não nos querem largar.... a verdade é que as decisões que tomamos nem sempre nos conduzem a bom porto.... a verdade é que a vida é assim para todos.
Que todos carregam um peso, por vezes assumido, outras dissimulado.
Levanto-me e começo a caminhar para ir, quem sabe, dormir.

Ouço-o:
- Menina?
- Sim?
- Obrigado... por não me condenares.
- De nada.

Chego-me a ele, dou-lhe um beijo no rosto, tiro dois cigarros e dou-lhe os restantes.

Vou para casa.
Tambem eu sou uma drogada....

publicado às 10:42

Do nada....

Confessado por Mulherde30, em 29.06.05

Os ultimos dias têm sido uma correria tal que já ando com os sonos trocados. Chegam as 3 horas da manhã e eu a fazer os meus filmes deitada no escuro do meu quarto, na minha cama imensa. E claro, durante o dia pareço uma zombie.
Entre viagens, concertos e moitas as horas vão passando. E diga-se que tem sido a loucura total...(a parte das olheiras é que dispenso).


Mas a verdade é que no final de semana tive uma surpresa.
Recebi uma mensagem do Blogui...
( www.eotempovaipassando.blogs.sapo.pt)
...o rapaz andava meio perdido e com uma ou outra indicação lá lhe indiquei o caminho para Aveiro para tomarmos um copo. Até aqui tudo normal....

Quando chega,diz-me ele que está ao pé da Câmara.... e eu a dar voltas à Câmara e não o via. Vou confirmando com um grupo de moiteiros que andavam por ali se aquele era mesmo o edificio da câmara e respondem-me que sim. Era só para confirmar...
Corre tudo muito bem até ficar sem bateria, até dar voltas e mais voltas pela cidade tentando adivinhar que raio de edificio pensou ele que era a câmara.... vêm da cidade grande e claro, desorientam-se logo.
Antes de ficar sem bateria ainda lhe consegui perguntar qual a marca do carro...e numa das voltas vejo um dessa marca estacionado com um rapaz lá dentro...fico feliz, páro ao lado, sorrio....e vejo uma rapariga a levantar-se do regaço dele. Corei de vergonha e segui...fula da vida.
O que me havia de acontecer, a estas horas ando às voltas pela cidade à procura de um homem que nunca vi....e mais: é possivel que ele desespere e vá embora.
Estaciono o carro, é melhor. Mais uma volta ao edificio da câmara e vejo um homem sozinho a olhar para a Ria. Chego-me à sua beira e a sorrir pergunto:
- Blogui?
Pelos olhos que me lançou percebi que não era...descupo-me e sigo caminho. Já a bufar pelas ventas. Se este caramelo me respondesse que sim, era o bonito, era... mas claro, como é do norte foi sincero (não se podia esperar outra coisa)
Na rotunda estão a fazer operação stop. Pergunto aos agentes se além deste há um outro edificio da câmara...dizem-me que não..... arre, xiça, pôrra...mas onde está aquele gajo??????
Mais uma volta, mais uma viagem.... estou com os musculos doridos com tantas caminhadas que fiz, e agora ainda ando aqui feita tontinha à procura nem eu sei bem de quê. Logo eu...que só não estaciono dentro dos locais porque o carro não cabe nas portas.
Isto deve ser castigo, só pode....adiante.
Chego-me ao edificio da PSP com o guarda de serviço à porta.
Não sei muito bem como perguntar uma coisa destas, mas cá vai.
- Boa noite...pode-me dizer onde existe aqui uma placa a indicar o cemitério?
Ele olha-me de esguelha (natural)
- Não faço ideia sra.
- Obrigada.

Ai Blogui, Blogui, Blogui....só me apetece esganar-te. Ele disse-me que via uma placa a indicar o cemitério.... continua Raquel, não desesperes....
E quando o vejo ao longe apetece-me ainda mais matá-lo. Não sei se me lance ao seu pescoço com os dentes de vampira se me ria.
Rio-me.....sorri-me como se soubesse que era isso que me apetecia....
Pois, este edificio, é o MUSEU!!!!!!!

Mas diga-se que o pouco tempo que por ali estivemos de conversa compensou estes desencontros. Mostrei-lhe um pouco, só mesmo um pouco de uma cidade que tambem amo....e pareceu-me que ele se encantou. Com as luzes, com os canais e com o amanhecer. Tenho a certeza que voltará... é o cheiro a maresia que nos encanta...é o apetecer entrar num moliceiro e percorrer todos estes canais até ao mar....


Blogui, quando o fizeres, vou receber-te com gosto, mostrar-te o resto. Diverti-me, gostei de estar de conversa contigo. Inevitavelmente imaginamos as pessoas pelo que se lê...mas um corpo muda tudo, tem expressão, tem um sentido diferente.
Mesmo sendo um encontro sem qualquer tipo de plano soube-me muito bem, gostei de te conhecer...ou talvez por ter sido mesmo sem plano é que soube bem.
Bem sei que não tivemos tempo para tudo, mas sabes? Haverá muitas outras oportunidades. O importante é que do nada se criam confianças que se tornam em amizades. E cá por mim, quando alguem entra aqui dentro nunca mais sai...quando gosto gosto.
Ainda bem que te perdeste....
E aqui entre nós, deixa-me dizer-te que ainda hoje me farto de rir com um certo pormenor que me confessaste....
E eu adoro confissões....


publicado às 15:17

Ficar mais perto...

Confessado por Mulherde30, em 24.06.05

"Depois talvez construir, ou navegar os dias
pressentir
percorrer os caminhos que houver
há sempre uma maneira de recomeçar
o que se quiser

Deixa-me assim refazer, ou desfazer os rumos
descobrir
entender o destino que vier
porque há sempre uma maneira de mudar
o que não se quer

Depois talvez na incerteza, descobrir o que está certo
e no amor
no desamor
virar a vida do avesso
ficar mais fundo e mais perto
do calor

Deixa-me só seguir o rumo, de outro sentimento
que acontecer
nem tudo o que nos ata nos pode prender
porque há sempre uma maneira de recomeçar
o que se quiser..."

publicado às 16:15

A força da vida...

Confessado por Mulherde30, em 23.06.05

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Do nada, quase sem darmos conta, a vida refaz-se.
Dentro de um coração que julgávamos sem vida, o sangue volta a pulsar, desejamos de novo rasgar a pele, oferecer sorrisos... desejamos viver.
Afinal, o nosso caminho cumpre-se. Afinal, o coração pode ficar leve outra vez...
Afinal, a vida sempre se encarrega de pôr tudo no lugar... sempre se juntam os pedacinhos que antes estavam partidos.

Sim, a vida cumpre-se, tem força para brotar outra vez, para fazer nascer o que pensávamos que tinhamos morto sem piedade.

São os amigos. Que estão sempre ali a rondar-nos a vida. Que vêm sem os chamar porque sabem que preciso, que me dão a mão sem perguntarem nada. Estão ali. Simplesmente.
Esses seres que nos povoam a vida. Que nos colorem os dias, que nos deixam chorar para depois me dizerem:
- Até quando choras és linda...
Mesmo sendo feia, torno-me bonita aos seus olhos. Talvez porque me vejam com o coração...

Eles que sabem ficar no silêncio, que mesmo que não entendam, fingem que sim....só para que me sinta a dividir a dor. Como se ela se pudesse dividir.
Que me tornam o fardo menos pesado. Que caminham comigo, que comigo esperam. Que comigo sofrem, riem e choram. Os amigos....
Que nos oferecem um carinhito que viram algures e se lembraram de nós...
Os amigos que me telefonam às 4 horas da manhã porque sabem que estou triste e que ainda não consegui dormir. Que vão para minha casa fazer companhia e ouvir aquilo que já sabem de cor.
Os amigos que bebem o que nem gostam só para não me verem a beber sozinha....quando sabem que eu só quero esquecer, pelo menos por uma noite.
Os amigos que me dizem as palavras duras que não ferem porque sei que é por bem me quererem...
Os amigos que me perdoam as falhas porque me conhecem o coração.
Os amigos que me dizem:
- Por tua felicidade vai-te embora....eu prefiro ir a pé que ver-te perder esta oportunidade de seres um pouco mais feliz, pelo menos por hoje.
Os amigos que me acompanham ao karaoke, que me aplaudem com um entusiasmo quase eufórico, mesmo que tenha cantado fora de tom.
Os amigos que me dizem:
- Não vás embora.
Os que dizem:
- Obrigado por seres minha amiga.
Os que me fazem chorar mesmo em dias felizes porque me dizem que gostam de mim, que sou a amiga zen, que sou tranquila, que tenho paciencia.
Os que brindam comigo "para que a vida seja sempre assim"...
Os que ficam comigo a ver o dia nascer só porque sabem que adoro esse momento mágico.
Os amigos...
Os amigos que querem matar os homens que me fazem sofrer, que me dizem:
- Se ele te magoou é porque não te merece, esquece-o....ele que se fo**...pior para ele que não te viu...
os amigos que me pedem e dão coragem.
Os que me deixam ser criança...que se descalçam comigo para pisar a relva, brincar com os repuxos de água que a rega em plena madrugada só porque está imenso calor e não apetece ir para casa, sozinha.

A verdade é que o ser humano pode ser avaliado não pela quantidade de amigos que tem, ou diz ter, mas sim pelo amor que tem desses amigos sem lho pedir. E os amigos, são sempre um espelho. Cada um tem um pouco de nós.

E quem tem um amigo, nunca está só.


Como confissão: sou abençoada por estar rodeada de amigos. Poucos.... mas os melhores do mundo. São os meus...são os irmãos e irmãs que a vida me deu o poder de escolher.
Aqueles com quem não preciso dizer nada...porque eles sabem.
Os amigos que me amam deste jeito que sou... porque neste coração pequenino todos eles têm lugar... e mesmo na distância, nas horas vagas, há aquela força que não me deixa sentir sozinha...porque sei o que é ser-se e ter-se amigos de verdade.

publicado às 01:59

Oito meses...

Confessado por Mulherde30, em 21.06.05

Há oito meses que ando por aqui.... a ocupar um espaço que antes estava vazio.
Um lugar que preencho com este emaranhado de confusões que sou....

" I'm flying, so hiiiiigh....
I feel great.
I feel that anyone who believes in me now is with me for life...."


Como confissão: avaliando este tempo que por aqui passei, vejo partes de mim. Dias bons e menos bons....mas o importante é que me tem feito bem. Afinal, não é assim tão dificil falarmos de nós, do que sentimos, do que pensamos, do que desejamos....
E claro, muitos dos desanimos foram ultrapassados por alguns dos que com o tempo se tornaram em amigos virtuais, dos que aqui acabam por dividir parte da minha vida. Que me deram as palavras sábias que precisei ouvir....Obrigada.

publicado às 16:02

Cinco sentidos...

Confessado por Mulherde30, em 21.06.05

O termómetro sobe..... o calor vai apertando....
A roupa é cada vez mais leve, fina, deixa que o corpo se mostre. Adoro os dias assim. Quentes...

Era num dia assim que me apetecia ter um chamego diferente.
Despertar sentidos. Todos. Todos os sentidos.

Ora deixa-me cá sonhar um bocadinho. Um dia a dois....que sozinha não tem tanta piada.
Sair e ir até ao Luso. Beber a água da nascente. Deitar-me na manta em cima da relva...Sabe bem o fresco do verde, o som da água...

Ora deixa-me cá pensar no homem que podia passar este dia comigo.... não, esse não,tambem não.... nã ... hummmm....já sei, esse mesmo. Tem cara de quem ia adorar e nunca mais esquecer. Pronto, homem escolhido, continuar.

Fazer uma caminhada pelo Bussaco até à Cruz Alta.
(Endoidaste miuda? Sabes quantos km são?)
Não importa, íamos parando pelo caminho para descansar, ou cansar um pouco mais, quem sabe? As matas ali são fantásticas.
(Mas claro, desde que depois viessemos embora sem ser a caminhar. que estivesse lá um carrito à nossa espera. eheheheheheh)
Chegar lá cima para ainda ver o sol a alaranjar o céu....é fantástico.

E depois????
Bem, depois podiamos ir tomar um duche rápido, sentir a água que escorrega pelo corpo. Água morna.
Ir jantar à praia da Barra. Podia ser no restaurante "casa dumar"....mesmo na areia....comer um prato de bacalhau regado a um vinho qualquer. Ver o pôr do sol.

Caminhar de mãos dadas e sentir a sensação de cócegas nos pés, deixar que a água nos molhe, deitar e apertar a areia que escorre por entre dedos, que se cola aos corpos que já começam a suar outra vez...
E claro, não podia faltar a lua lá em cima....com o rosto de mulher.
O som do mar, o toque de mãos... mãos que se procuram, que querem descobrir recantos que precisam conhecer...

Pronto, já chega. A seguir....
Um quarto de hotel. Não, hoje motel. Pode ser o Eclipse. Deve ser agradável...cama redonda, espelho no tecto, banheira de hidro, e deve ter aqueles canais onde só passam filmes de gajos e gajas que fingem estar a ter um prazer tremendo. Fingem.

Vestir a camisa transparente e tanguinha preta.
Despi-lo. Desapertar a camisa, os botões das calças...Mas muito devagar. Para que lentamente possa saber o que o espera.
Beijar a pele que fica a descoberto, passar a lingua, morder ao de leve. Deslizar com as mãos pelas pernas...mãos que vão subindo....que passam pelas coxas, pelo rabo, que tocam quase sem querer no sexo sem se demorar por aí.... mãos que querem despertar os sentidos.
Deitá-lo.
Olhar o corpo nu.... Cheirar a pele suada....Tocar com toque de pólen para excitar....Saborear o sexo.... Ouvir os gemidos que vão ficando ofegantes....
Passar os cabelos pelo corpo... descobrir onde e como gosta.

Hummmm.... Ajoelhar-me em cima de um corpo deitado que me olha, me deseja , que me quer tocar, que eu não deixo... debruçar-me sobre o seu sexo roçando agora, depois, depois.... aos poucos.
Tocar-me sem me tocar, levanto um pouco a camisinha, mexo na cuequinha....desejar e fazer desejar....


Ainda é cedo.....estes jogos seduzem-me, excitam... provocar até ao momento em que os corpos se unam sem pudor, com suor e sem vergonha.
Jogos que esgotam, que excitam, que fazem alucinar. Que despertam sentidos para querer repetir, para acabar e começar tudo outra vez...


(É melhor parar por aqui, Raquel. Que tal trabalhar, hã? Fazer alguma coisa de util?)

Fo**-se....está aqui um calor de morte.... o dia indicado para um chamego em forma de sedução.


publicado às 15:50

Red Red Wine...

Confessado por Mulherde30, em 20.06.05

Feira da vinha e do vinho..... estava mesmo a precisar de uma loucura assim. O unico problema é que sou fracota para a bebida e não preciso de muito para ficar trôpega. Mas tenho-me aguentado. Pudera!!!! Dizem-me: menina, prove lá....é bom....
e eu não me faço rogada....

Mas decidi ir com as amigas.... tanto que se não fosse, seria arrastada.
E ainda bem que fui.
O espumante bruto "montanha".....hummmmm

E uma destas noites aconteceu algo interessante...
Claro que os homens, na decepção, dizem sempre que as mulheres são todas iguais. Não são. Os homens tambem não. Deve haver com certeza um homem muito interessante por aí....só não sei onde.

Claro que o espumante era de borla, o que ajudou (e muito) à festa. De barraca em barraca, lá fomos humedecendo a noite... e depois acaba-se da mesma forma: a ouvir um concerto qualquer que com o vinho já não sabemos bem quem são. Mas adiante....
Bebemos para esquecer e comemos queijo para ficarmos esquecidas.
Não deu resultado, mas pelo menos tentámos. E a parte gira foi que uma ou outra não precisava esquecer, mas companheiras como somos, não deixamos nenhuma beber sozinha quando precisa mesmo beber.

Por caminhos travessos, porque a brigada até já sabe o meu nome, chegámos a casa de uma. Éramos quatro....claro que mais hora menos hora, a conversa com palavras que já se arrastavam, teria que chegar ao sexo, aos homens, ao prazer etc e tal.
As conversas começam a descer de nivel e a subir de interesse...enquanto que as garrafas vão ficando vazias...

E na verdade todas nós temos opiniões que divergem no que toca a essa espécie quase em vias de extinção.
- Homens? Vê-los, amá-los e fo**-los.
- Isso é muito....fo**-los e esquecê-los.
- Não....ver todos, amar um, fo*** alguns.

(silêncio)

E claro, tinham que me pedir a opinião...
- Têm uma teoria interessante. Mas não é em nada parecida com a minha. Para mim, homens, nem vê-los, nem amá-los nem fo**-los... os que tenho visto realmente, acabo por amar e depois...acabam por me fo***
- Fo***é bom...
- Sim, na perpectiva sexual, mas na outra a que me refiro, não é nada agradável. Cansei-me de ser vista por olhos que me querem despir e fo***...e passam sempre a parte do amar...
- Sim, mas enquanto pensas assim não dás oportunidade a um ou outro que realmente possa gostar de ti...
- o João...
- O Sérgio...
- O Paulo.... não...o Carlos. Era esse Raquel....ainda no outro dia me dizia: a Raquel é fantástica, mas nem me liga pêva.
- Pois, eu sei o que significa sair com eles. E todos eles gostam realmente de mim, enquanto houver curiosidade. Alem disso o Carlos é fixe....mas é muito popular. O que me vai sair na rifa é um baixinho, careca, barrigudo, gordo, que use meias brancas e cuecas.... e que me ame, me trate bem, seja companheiro, amigo e que me deseje de verdade.
- Não, nada disso....era o que faltava acabares com um assim tendo tantos jeitosos desertos por ti, que arrastam um camião, que babam...podias pelo menos ir jantar, tomar café....dar-lhe oportunidade para que se possa mostrar.
- Raparigas, raparigas, raparigas....que só dizem disparates. Deixem-me quieta. Era o que de pior me podia acontecer...apaixonar-me por alguem que tem fãs em todo o lado... Eles babam até me deitar com eles....depois, simplesmente desaparecem. Deve ser uma espécie de jogo, de saberem se ainda são capazes de conquistar, sei lá.... Possivelmente é porque não sou boa de cama.
- Pois sim...nós cá sabemos....não és boa? Se tu não és o que diremos de nós... além disso, pelo menos enquanto lhes mostras que ainda são capazes de conquistar, mesmo que não sejam, sempre vais tirando o mofo...
- E depois saem-me na rifa aqueles apressadinhos....Para mim a cama é um pouco diferente, é quase um completar de outras coisas, não é só para suar. Tanto que dedico tempo a essas sessões longas de suor à 3ª ou 4ª vez... o defeito é mesmo meu.
- Fod**-se gaja.... que nem com a bebedeira deixas de dizer coisas profundas....
- Já sabem....com a bebedeira vou andando para a frente, com a bebedeira vou andando para trás, com a bebedeira vou andando esquisita.... ó Ana abre mais uma de Quinta do Cabriz.
- Esgotou. Conde de Serpa, pode ser?
- Já devia estar.... e quando acabar?
- Vamos para as moitas beber moranguitos.... (adoro esta merda....)
- E seduzir os gajos?
- Vocês tratam disso enquanto eu fumo um cigarro.

E assim passa a noite....com conversas patrocinadas por espumantes, vinhos tintos e moranguitos.... e assim, mesmo na bebedeira se fala de coisas tão sem importancia alguma como homens, amor e sexo (ironia)

E alguma coisa se tem passado nestes ultimos dias....é que andam a mudar de sitio o lugar da fechadura, do interruptor...e até a cama já não está no lugar habitual. É uma dor de cabeça entrar em casa....ou então é o queijo que faz mesmo efeito esquecimento....

Mas o que custa mais....é que a feira já terminou.

publicado às 15:37

Frases soltas...

Confessado por Mulherde30, em 15.06.05

Sempre gostei de ler. Sempre gostei de escrever...é tão mais fácil que falar!
E gosto especialmente dos livros que falam de amor, dos mais variados tipos de amor... o amor-amizade, o amor-ternura, o amor-carinho. É sempre o mais dificil: transcrever no papel um sentimento bonito. A raiva, o ódio e o rancor torna-se mais simples... o amor, o sofrimento é bem mais complicado.

Gosto especialmente dos livros que leio e que me fazem pensar. Talvez porque nos livros, como nos filmes, se saiba sempre o outro lado da moeda...na vida real não é assim. Sabemos o nosso lado, dificilmente se chega a um momento em que as pessoas se sentam e conversam, que nos expliquem o lado que nós não conhecemos.
Era fácil se pudéssemos viajar dentro dos outros, para saber, para sentir, para pensar....
Restam-nos as palavras, sempre as palavras. Valem nada e mesmo assim são o melhor que temos.
Eu já acreditei nos olhares, hoje não....os olhos podem mentir. Nós vimos nos olhos o que queremos ver.
Diz-me o que vêm os teus olhos.... foi sempre o que precisei. Há silencios que não se entendem, que só os olhos não explicam.

Mas hoje, porque a alma está leve, porque finalmente entendi, porque consegui pôr em palavras sem sentido e confusas para quem ouviu, o que sinto e consegui dizer. Fiz mais do que algum dia me senti capaz: rasguei conscientemente o coração falando, não escrevendo.
Expus os sentimentos guardados em mim, e mesmo sendo uma etapa que sempre me amedrontou, por achar que não falando o tempo apagava e a vida seguia, por pensar que o outro devia saber o que sentia (e nunca é verdade), chorei. Por me sentir feliz.


Estou a ler um livro "O Zahír"... e deixo aqui algumas frases que me fazem pensar no que podemos perder por esconder, por não falar, por orgulho...por tantas razões que nos fazem deixar de lutar. O sentir que é tarde demais. E morrer aos poucos por ter ficado quase tudo por dizer ou por fazer.

"...tive de a perder para entender que o sabor das coisas recuperadas é o mel mais doce que podemos experimentar."

" se eu tentasse e falhasse, não sei como seria o resto da minha vida: por isso, era melhor viver a pensar num sonho do que enfrentar a possibilidade de ele não dar certo."

"Quando eu não tive nada a perder, recebi tudo. Quando deixei de ser quem era, encontrei-me a mim mesmo. Quando conheci a humilhação e mesmo assim continuei a andar para a frente, entendi que era livre para escolher o meu destino. (...) Sei que posso viver sem ela, mas gostaria de a encontrar novamente - para dizer o que nunca disse enquanto estávamos juntos: amo-te mais do que a mim mesmo. Se eu puder dizer isto, então poderei seguir em frente, em paz - porque o amor me redimiu."

" ...afasta-se de alguem com quem poderia ter uma excelente relação, se se tivesse permitido uma segunda, terceira ou quarta oportunidade"


Como confissão: por vezes, mesmo tendo que passar a barreira do orgulho ferido, da mágoa, do sentir que não vale a pena, no fundo....lá no fundo, falar do que sentimos e do que temos guardado em nós ainda pode ser a melhor saída. Mesmo que nada dê certo, ninguem pode dizer que não sabia....fizémos a nossa parte. E o fardo, acreditem, fica muito mais leve...

Sinto-me feliz. E mesmo sabendo que nunca lerá isto, quero dizer a alguem Obrigada. Porque mesmo não tendo o mesmo sentimento, me ouviu...e me fez acreditar que os sentimentos bonitos ainda são o melhor que podemos ter em nós. De nada vale esconder, guardar ou ter medo....

publicado às 15:17

Asas de cristal...

Confessado por Mulherde30, em 14.06.05

Houve um tempo em que me sentia quase pronta a voar, mesmo tendo as asas feridas.
Alguem me encontra de mansinho, me dá a mão, caminha comigo.
Somos dois a seguir um caminho que não sabemos onde nos vai levar, onde não se pergunta quem é o outro que chegou, chegou apenas. Somos dois com medo, mas arriscamos.

Eu vou porque sou capaz de acreditar outra vez. Não perco o receio de voltar a dar-me e perder, mas mesmo assim, vou de mão dada com quem acredito.
Dou-me devagar, para não pisar os corações já tão feridos.
E perdi. Outra vez.

Abri a porta de uma vida já tão mutilada, com medo que ao fazê-lo viesse mais dor. E quando quiz escancarar o coração já a vida estava de novo vazia, já alguem tinha ido embora sem fechar a porta.
Mas a vida é isto: perder.

Agora, aquele pedaço que dei faz-me falta. Para ocupar o espaço vazio da alma, a dor que mata devagar, para enchugar os olhos rasos de água.
Inevitavelmente chegaria o dia de baixar os braços, de deixar de lutar. Já nada há que possa ser feito. Já não depende de mim.
Esperei minutos que viraram horas, horas que viraram dias, dias que viraram semanas. Pensei que fosse aguentar mas não. Já não aguento mais. Estou no limite.
Só pedi uma oprotunidade para ser ouvida. Sinto-me ridicula e estranha por finalmente querer dizer as palavras....mas ganhei essa coragem....talvez tarde demais. Ganhei a coragem quando as palavras já não faziam a menor diferença, não mudariam nada, eram tardias. Mas rebentei-me por dentro para chegar a esse momento, à hora de dizer tudo. Mas o momento nunca chegou...

De nada vale fazer balanços, pensar que podia ter feito desta ou daquela maneira, de nada valem os arrependimentos ou agradecimentos. Estes balanços são faceis porque já não adianta, já nada muda.

Precisei de respostas para arrumar esta história. Um quase desespero por uma razão, uma. Arrumar a história e poder partir; deixar partir. Pedi demais.
E bastava-me um resto de carinho que ainda podesse existir, esquecido, num peito imenso, um carinho que me ajudasse.

Quiz falar o que ninguem quiz ouvir; quiz ouvir o que ninguem me falou. Como se a vida dependesse dos segredos que certas palavras encerram...
Como este caminho podia ser agora tão mais fácil, como tudo podia ser tão mais simples.

Os nosos pensamentos, os nossos sentimentos pouco importam num mundo que não pára para pensar se será justo.
É esta espera que me mata, me deixa numa ânsia que não me permite respirar, esta duvida que me tortura a alma carregada.
A medo arrisquei trilhar aquele caminho e mais que perder, perdi-me.

Queria de novo a sensação da plenitude de quem se dá por amor, ou por uma forma de amor. Pensar num inicio de uma história tão bonita quando afinal já tinha acabado. Pensar no fim sem saber que o era.
Acreditar no acaso.
E não sei... já não sei. Invento respostas, mil respostas e continuo sem saber a verdade.

Sento-me num banco de jardim, fumo um cigarro e vejo aquele cão vadio que se chega a mim abanando a cauda. É como eu: vagueia em busca de um carinho, de uma ternura que seja.

É sempre mais fácil virar as costas e partir que ter a coragem de ficar para enfrentar as palavras. Para entender e fazer entender. Falar. Para que a história não fique mal contada nem mal acabada.
As histórias podem ser enterradas num sitio qualquer... mas há sempre um melhor lugar para enterrar um amor que podia ter sido e não foi.

Chegou o momento de escolher: continuar esta espera ou esquecer. Luto pela segunda, estou cansada. Vou habituar-me à ausência...
Haverá uma noite em que o sono chegará tranquilo, no dia em que a esperança já tão pequena se tenha finalmente extinguido.

Sinto que a vida estagnou. São os homens que conheço e com quem não consigo estar por sentir que traio o meu coração. E sou o ser mais pequenino, mais insignificante por me sentir assim.
É por isso que escrevo, para de uma forma ou outra aliviar a dor. A impotência que nos destrói. As palavras que nos ferem...e as outras, as que vivem dentro de mim tristes e sem repouso por nunca as poder dizer.

O saber aos poucos que em certas vidas não há lugar para nós.
Vidas de pessoas que se querem primeiro encontrar... ou que se afastam para se protegerem.
E certas verdades, mesmo as mais crueis, começam a aceitar-se para tornar a vida menos ingrata, menos cruel.
Eu só precisava clarificar sentimentos. E é sempre tão dificil falar deles!
Mas está tudo aqui dentro, tudo!

Pensei que éramos o melhor par, afinal éramos ímpar.
À beira do abismo acreditei que quem me apertava a mão ia saltar comigo. Mas na hora da verdade saltei sozinha e ao cair senti-me terrivelmente só.
E mais uma vez...mais uma vez, as asas da minha vida tão frágeis, tão cristal.
Quero seguir, levantar o rosto com o orgulho de quem sabe que fez o que lhe foi permitido. E foi pouco...
É hora de lamber feridas, sacudir poeiras, enchugar as lágrimas e seguir sorrindo fingindo ser feliz.


Já perdoei o que nunca entendi. Agora falta o mais dificil: perdoar a mim mesma.

publicado às 15:45

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