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Tudo aquilo que sou...
Sabias que o vento são segredos?
Que a chuva são lágrimas de anjos?
Sabias que os medos são correntes?
Que as paixões amarras?
Que os amores prisões?
Sabias que se tiveres coragem, podes cruzar os céus e voar, mesmo de asas feridas?
Fotografia:?
Hoje fui a um funeral.
Não que tivesse uma relação chegada com a pessoa. Mas conhecia e admirava. E achei que devia ir. E fui.
Não levei flores. Se durante uma vida nunca lhe ofereci nada, não seria na morte...
No fundo é tudo tão fugaz...
Serve um pouco de consolo saber que morreu a fazer algo que adorava. Poucos podem ter o mesmo fim.
Mas não é de morte que quero falar. Até porque morte é fim. Dizem uns. E inicio dizem outros. Os crentes.
Quero falar, isso sim, de tudo o que envolve uma morte.
A presão que "os outros" exercem sobre os mais chegados. É tudo avaliado ao pormenor. Como se esses "outros" tivessem a obrigação de colocar caras com ar desfeito e fincar pé em casa da viúva. Só para ter a certeza que ela não dorme, não come. Convém que chore e grite muito e vista o preto. Se fizer algo que não seja isto é porque não gostava assim tanto dele.
Ficam ali, como abutres para ter a certeza que a dor se expressa desta forma e não doutra. Como se fossem espiões da moral e dos bons costumes. Fracos. Que no nada que são, buscam as forças no sofrimento de quem os rodeia para terem um pouco de alegria quando amanhã, ou mais tarde, de dedicarem aos comentários.
_________________# silêncio #______________________
Estava ali no cemitério, debaixo de chuva, a pensar nisso. A pensar naquilo que "os outros" fazem para piorar a situação. Se assim não for, é isso que ficrá na lembrança. Na memória de gente pequenina, pequenina, pequenina...
Estava ali, a ver os rostos. Os que se expressam nas lágrimas e os que se remetem ao silêncio. A dor, tal como o amor, tem muitas formas.
E eu ainda. A pensar. A pensar quem estaria por ali, com ar desoldado e que tanto mal lhe desejou em vida.
A pensar que num insante tudo acaba para quem vai. E muito se perde para quem fica.
Ali, a divagar... ainda eu.
Os funerais tambem servem para outras coisas... sorrir, pr exemplo. Ao lembrar de uma ou outra situação. Mas sem que "os outros" vejam para não dizerem depois que ainda nos estamos a rir da situação.
Os funerais servem para libertar lágrimas contidas. Para se chorar os gritos encolhidos no peito.
Chorar por quem vai. Chorar por nós, que ficamos.
Chorar pelos outos que já deixámos partir. Chorar de saudade, pelos que amámos e amamos e não vemos mais.
E chorar ainda mais por medo.
Medo que nos possamos distrair e num segundo, tambem a vida acabe para aqueles que ainda se mantêm pertinho de nós...
Realmente a evolução humana tem que se lhe diga.
Há quem evolua e há os outros.
É dos outros que quero falar. Daqueles seres que devem ser mesmo vazios para vestirem a vida de outra pessoa.
Foi sem querer que vi. Foi quase por um acaso. Se é que isso existe.
Primeiro fiquei de olhos arregalados, incrédula. Depois de umas quantas horas lá comecei a acreditar que era mesmo verdade.
Fúria.
Passou outra eternidade.
Pena.
Outros mais anos...
"coitado", já dizia eu.
Mais tarde, já me ria.
É enquanto rio que escrevo. Mas agora acho que já nem sei se ria se chore com pena do individuo.
Se calhar, se não fosse tão triste, era cómico.
(E tu a pensares que endoidei de vez porque não sabes do que falo...)
Acho que é realmente triste. Se calhar um desses casos perdidos que vagueiam pelo mundo. Que deviam cansar o corpo para dar descanso à alma, em vez de andarem a cansar a cabecinha a pensar em coisas que de tão ridiculas se tornam tristes, que perdem horas e cansam as pestanas em frente a um computador para fazerem de conta que. Pobre diabo...
O lado bom tambem existe. Pelo menos há quem escreva quando eu não poder escrever. Ah, não pode ser. Perdão senhor.... o dito cujo só sabe copiar. Copiar e responder a fingir que sou eu. Ele não sabe que não pode usar assim o meu nome em vão... heheheehhe... mas anda pior que eu, que ao que parece já perdeu o gosto desde 2007.
OK, não é para rir. Fico-me pela tristeza por pensar que pode existir gente assim, anormais, à solta. Alem disso, deve dar um trabalhão... ou então é um daqueles fãs lunáticos que um dia destes me bate à porta a dizer: eu sou tu, eu sou tu. Tipo anuncio de chá que dizem gelado e vem dentro de uma lata.
Mas se calhar era melhor dizer-te do que falo. Logo tiras as tuas conclusões... Não sem antes dizer a esse fulaninho: fo**-te, pá.
http://sol.sapo.pt/blogs/Rakel/default.a
... e se fechares os olhos? Se deixares que a tua alma voe para longe, se permitires que a pele se arrepie, se escutares com atenção, diz-me... diz-me o que sentes ao ouvires uma melodia de tempos que já foram.
Consegues?
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