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Tudo aquilo que sou...
- Hoje é S. Valentim mamã?
E eu digo-lhe que sim, que é. E tens namorado?, pergunto.
- Tenho. És tu mamã.
- Sou eu, meu amor? Porquê?
- Porque gostas de mim...
E o amor é assim, muito mais que datas e programas, muito além do que se possa sequer, desejar.
Sem dúvida que há alturas em que tem mesmo de acontecer um "VAMOS!", para irmos mesmo.
E fomos. E passou depressa e quero mais.
E encontram-se pessoas tão. E paisagens tanto. E lugares mesmo. E momentos...
Eu nasci com o perfil certo para ser rica. Que me habituava a esta vidinha com uma frequência maior. Sem ser desta forma de escapadinha. Mas cada experiência vale o que vale. E vale muito quando a bagagem vem muito maior do que quando partimos.
Criam-se memórias. E nós somos da mesma essência. De sonhos e de memórias. E outras coisas mais...
Fotografia: ABrito
Sim, uma gaja fica chateada.
Malas feitas, quase pronta para partir. Claro que está que para se sair de casa, à conta da pequena, é necessário um extenuante trabalho de logistica. De tal forma que, no receio esgotante de esquecer alguma coisa, quando me sento, finalmente, no carro para partir, já nem apetece. É tanto o peso da mala dela como a dos pais. São só 3 dias. Mas, na verdade, quem olha, ainda pensa que é um mês.
E depois sei que, claro, vai estar a chover. Sim, está a começar bem...
Fui à cabeleireira um dia destes. Hoje fui à tosquia. Até aqui tudo bem. Não fosse a rapariga deixar alguns pedaços de cera que não consigo tirar e anda sempre aqui a repuxar uns pelitos do cu.
Está mal.... e gaja que é gaja, chateia-se, claro.
- Amo-te a ponto de te odiar.
Não me leves a mal. Nem sequer acredito que o amor e o ódio andem de mãos dadas, mas a verdade é que só te posso odiar se te amar.
Se não te amasse, serias apenas uma pessoa. Podias ser indiferente, podias ser desprezado e pronto.
Mas não. É por te amar que tenho horas em que te odeio tanto.
E odeio-te, não porque não te ame, vê tu.
Odeio-te quando me fazes ser uma pessoa que não sou. Odeio-te nas horas em que deixas sair de mim o meu pior. Odeio-te quando te falo e parece que não me ouves, quando fazes as coisas pela metade, quando interpretas tudo mal. O que digo, quando não digo, o que faço e até o que não faço.
Odeio-te tanto. Se não te amasse, mandava-te à merda e pronto. Saías porta fora e ias à tua vida. Odeio-te e odeio-me quando digo que estava melhor sem ti. Depois tenho medo que Deus me castigue e que vás mesmo.
Odeio quando falas alto. Já viste que quando as pessoas estão apaixonadas falam baixinho? Não é para que os outros não ouçam, nada disso. É apenas porque os corações estão perto e ouvem-se bem um ao outro. Com o tempo, os corações afastam-se e as vozes têm que se elevar para que o outro ouça. E o outro ouve e os vizinhos também.
E odeio ainda mais quando andas por aí por casa como se vivesses sozinho, falas a resmungar, fazes tudo como se fosse um frete e à noite ainda bufas porque me vens falar de sexo e eu não quero.
Fode-te. Que eu não sou mulher de algumas horas. Ou me tens sempre ou acredita, não me tens pela metade.
Quero lá eu saber que amues e que batas uma às escondidas. Quero é que me trates bem, como me tratavas num tempo quando eu, iludida, pensei que fosse para sempre assim.
Eu sei, para sempre não existe, ensinaste-me e até por isso te odeio.
Odeio-te tanto. Há momentos que só queria que fosses embora.
O problema é que te amo.
Por motivos que desconheço, deixei de conseguir entrar no meu blog. No meu canto, nas minhas páginas em branco. No local de partilha, de libertação de fantasmas...
Custou e depois adaptei-me. Porque o ser humano tem essa capacidade.
Agora, com ajuda extra, consegui regressar a casa. E sim, estou feliz.
Passaram 3 anos. E em 3 anos a vida muda. Não tem de mudar para melhor nem para pior. Muda apenas.
Toda a minha vida está diferente.
Alcancei feitos e abandonei objectivos. Sonhei, ri e chorei. Vivi, portanto.
Aconteceram coisas das boas e das outras.
Ganhei amigos e perdi os que, afinal, nem eram. E continuo com os de e para sempre.
Toda a minha vida é diferente, é verdade. E sendo diferente é mais completa com a chegada de uma nova luz. E a luz da minha vida brilha mais que as demais, é certo. Brilha mais porque é minha. Ou pelo menos fui eu que a trouxe à luz.
E hoje, percebi que é bom estar aqui. Porque me lembrei que durante estes três anos em que sou mãe, me tenho esquecido que ainda sou mulher...
Fotografia: Euzinha
Xiiiiii..... como esta casa está!
Pó por todo o lado.
Um cheiro a mofo que não se aguenta.
Tenho que pôr tudo a arejar, lavar, limpar, arrumar.
Mais um bocadinho e era uma casa muito engraçada, não tinha tecto, não tinha nada.
Vou só dar aqui um jeitinho.
Tudo no sítio para depois.... Re-começar.
Como confissão: É bom estar de regresso a casa.
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