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Tudo aquilo que sou...
Às vezes a coragem chega-nos assim, por desespero.
Porque já não queres mais essa vidinha do vai-se andando.
E quebras os muros e já não queres saber de mais nada. Queres apenas encontrar-te e que o outro se encontre para que, quem sabe, num futuro, resulte e exista mesmo, um futuro a dois. E na verdade nem é isso que te incomoda. Porque foi durante tanto tempo tanto fez, que agora tanto faz.
Pouco te importa o que possam pensar, o que possam dizer. Nada do que sentes agora, no fim, é pior que o que sentias antes do fim. Porque em cada fim, sabes bem, há um inicio.
Não te sentes triste, nem mal. Sentes, isso sim, que estás a fazer algo para mudar a merda da tua vida. Agarrar o touro pelos cornos. Porque já te chega desse chove e não molha, desse nem fode nem sai de cima.
Porque não queres mais a vidinha de sempre, da forma de sempre, com palavras de sempre. Porque queres mais, podes mais e mereces mais. E pensar que estás a encarar a vida de frente enquanto lhe dizes baixinho fode-te, dá-te força para acreditar que valerá a pena o esforço, a saudade ou o que quer que seja isso que sentes aí por dentro de ti.
O que correu mal? Nada. Apenas muitas vezes, na beira do abismo, tens mesmo é de dar um passo atrás. Só para não continuares tentando enquanto morres devagar, por dentro. Onde vives a tua vida sentado e quieto de camarote, existindo sem existires e vivendo sem viver.
Dar um passo atrás, olhar a vida de longe, de fora. Analisares e analisares-te. Fazer alguma coisa. Tentar.
E na tentativa, o medo. E na vida que ainda está todinha por viver, a coragem.
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