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Anjo caído...

Confessado por Mulherde30, em 22.04.06

andreas.jpg
Fotografia: Andreas

Não sei se o vidro estava embaciado pelas gotas da chuva que cai sem parar ou se pelos meus olhos rasos de água.


Cansei de esperar, sabes?
Tudo na tua vida é mais importante, tudo vem primeiro, tudo é mais urgente.
Na tua vida não há tempo. Nem espaço.


Mas eu não sou mulher de metades, nem tão pouco mulher das horas vagas. Como se de repente te lembrasses que eu existo. Como se fosse um resto. Só para ocupares uma réstia de tempo.
Não quero isso para mim. Lamento.
É que quando já nem nas palavras posso acreditar, o que resta?
O que resta de ti? O que ficou de quem chegou devagarinho, que me deixou gostar devagarinho? Onde está quem estava em todo o lado e agora está em lugar nenhum?


Tu não precisas de alguem como eu na tua vida. E eu, não preciso de ninguem que me faça chorar por decepção. Tu viste a decepção no meu olhar?
Talvez não tenhas percebido...por falta de tempo.

Desisto depressa demais?
Sim. É verdade. Mas pelo menos eu, antes de desistir, lutei. E tu o que fizeste? Ocupaste o teu tempo com as coisas inadiáveis, com aquelas que não podiam esperar.
Pois. Eu hoje tambem já não posso esperar.


A vida é um jogo. E eu estava a apostar em nós... mesmo a medo, apostei. Mas tu não. E no amor, ou nesta espécie de amor, eu já não aposto sozinha. O preço a pagar é alto demais. E só perde quem apostou.


Um dia pensei que tu... que eu...que nós.
Pensei demais e pensei mal.
Dei demais... é sempre esta mania de entregar tudo o que tenho de melhor. É sempre esta mania de querer acreditar. Um dia acreditei, quando me disseste baixinho "gosto de ti". Mas afinal não gostas tanto assim...

Pouco importa.
É só porque um dia pensei que me tinha caído um anjo no prato da sopa. Mas afinal, bateu asas e voou...


Eu estava a gostar de ti, sabias?

publicado às 02:04


Confessionário

De Rui a 22.04.2006 às 09:42

Olá Raquel
Tenho andado a acompanhar este teu blog escrito com alma, coração e sentidos à flor da pele. Normalmente as pessoas que já foram feridas no passado desenvolvem uma espécie de carapaça, uma pele muito grossa, que não sendo completamente insensível, não lhes permite sentir por exemplo, a brisa que sopra devagarinho no final da tarde quando o sol se põe, a pele não se lhes arrepia quando uma nuvem passa por eles num dia de Primavera, para esses, os dias são todos iguais, para ti não. "Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe". Sei porque sinto dentro de mim que em breve, vais voltar a presentear-nos com as tuas confissões mais atrevidas e excitantes. Beijinhos, Rui.

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