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Tudo aquilo que sou...
Fotografia: Raquel (para variar, euzinha)
Quero esquecer que estou sofrida por um quase amor. Outra vez.
Vinha a ouvir a rádio no caminho de casa sem escutar as musicas que passavam.
Vinha a pensar que já não sei como se namora. Todos os meus amores foram tão fugazes, tão nas sombras, que já nem sei como é fazer os programas quando se assume uma relação perante o mundo.
Vinha com os pensamentos a vaguearem e a lembrar que o maior amor que tive, perdi. E até o que pensei ser menor e que afinal não era...
Aliás, perder faz parte de toda uma vida. Parece-me que tudo o que me custou conquistar, acabei por perder.
Talvez por isso, sempre que me dou e perco, faz-me falta esses pedaços de mim.
Não vou ficar a lamentar mais esta perda. Sei que não vou sofrer nem mais nem menos que por todos os outros amores ou quase amores. Será igual. E como todos os outros, irá passar.
Preciso mudar. Cá por dentro. Talvez até por fora.
Não quero levar a vida a decepcionar-me sempre com os outros. E isso acontece sempre.
As coisas parecem, mas afinal não são.
E quando gostamos, esperamos sempre mais um pouco dos outros.
Mas tenho pena... porque isso acaba sempre por nos tornar desconfiados, distantes e frios. E eu não queria...
As noites quentes tornam-se longas. Dou voltas na cama sem dormir. Queria sair por aí, conhecer novas pessoas e perder-me em corpos que nem conheço. Se eu fosse capaz...
Hoje, a noite que se anuncia quente, abre o apetite. De corpos que se procuram e que suados se completam e se entregam mais sem pudor. Que escorregam por entre os dedos quando se querem puxar para nós.
Vá, Raquel, deixa lá isso... não te ponhas a divagar que este atraso já te faz mal que baste.
Aqui que ninguem me ouve, creio que isto até deve fazer mal à saude.
Hoje, até que um chamego ia bem...
Béu béu...
Apetecer apetece...mas falta o resto.
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