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Desejo dormente...

Confessado por Mulherde30, em 07.01.07

kazuo Okubo.jpg
Fotografia: Kazuo Okubo


Adormeci a pensar em ti. E acordei com um desejo de voar... contigo.
Queria esquecer o mundo e encontrar-me na tranquilidade de quem se dá só porque sim. Só porque nem sempre é fácil decidir entre o querer e o dever. Só porque há desejos que pulsam em nós e não nos deixam descansar. Só porque nos sentimos perdidos e dizemos que não, quando só queríamos esquecer a vida e dizer que sim. Deixando as horas e o mundo correrem devagar.
Queria ser livre contigo num qualquer lugar, sem pressa, sem medo. Deixar-me tentar, só porque tenho vontade de ti.
Queria que fôssemos capazes de viver e não apenas sonhar.
Chegar-me mais perto. Perder a vergonha e dizer-te sem pudor que quero fazer amor contigo. Agora.

Abraçar-te, encostar a minha boca à tua, procurar-te a língua. Embrenhar os meus dedos nos teus cabelos, tocar-te o rosto. Olhar-te. Sentir-te o pulsar do sexo, mil mãos em mim, docemente, nas nádegas, nos seios, nas coxas, na cintura, nas costas, no ventre.
Despir-te vagarosamente, espalmar a língua em cada pedaço de ti, demorando-me nas curvas do teu corpo, viajando para o sul do teu ser.
Encostar-te a paredes, rebolar na cama, no chão. Só porque o amor é grande, fazê-lo contigo, construindo-o.

Abocanhar-te o sexo, roçar os corpos, rasgar a pele. Por prazer. Por desejos contidos. Por vontade. A boca, a língua, a saliva mergulhada na carne do teu sexo duro, de veias luzidias, o teu sabor em mim.
Ser êxtase, sufoco, delírio, suor e prazer. Deixar voar os desejos satânicos e profanos, o tesão. Ser o verso e o reverso de ti. Puxar-te para mim, querendo-te num balanço como as ondas do mar, de arrepiar a pele e os sentidos.
Deslizar o corpo suado, molhado, colado ao teu. Sentar-me no teu regaço, descendo devagar. E tu a procurares o centro de mim, enchendo as tuas mãos nas horas em que não se pode esperar.
Movimentos vagarosos ou vigorosos. O mel no ventre, nos seios. O orgasmo. A libertação. O descontrolo. Soltar os gemidos.
Os corpos cansados e entrelaçados, perdidos e achados no meio de lençóis. O descanso. A tranquilidade. O recomeçar.
Banhos temperados, perfumados, a cama mesmo ali, gritando os nossos nomes num silêncio quebrado pelos sons do prazer. E nós na pressa de quem não quer acabar.
Sentir que a vida, nem sempre se passa lá fora chamando por nós. Muitas vezes ela está presa em quatro paredes, dentro de nós, enquanto uma espécie de amor encantado une as almas de quem se quer bem.

Enlouquecer numa loucura sã. Seguir a vontade e esquecer o resto do mundo. Tornar a vontade superior à culpa sem pensar no depois.
Desejos dormentes, latentes, que palpitam por dentro de mim. Como queria ter-te aqui, agora... para sentir os teus dedos no lugar dos meus.

publicado às 17:05


Confessionário

De teixeira a 08.01.2007 às 16:15

a profusão da mente, espiritual, alma, sublime, é o último reduto da consciência que recebe todas essas energias de Amor de dois corpos que se entregam completamente. o que mais tarde restou depende das condições em que se entregam, se é uma quequinha, ou se é um acto de amor na sua majestosa abrangência, contemplado a construção da vivência unida, edificante.

com muito amor fraternal,

De amigolosum a 08.01.2007 às 16:52

A tua imaginação é fértil; a tua realidade diversificada. Em redor das águas do sonho,muitos portos onde atracar; só não queres ser tu a pedir para entrar. Mas quando navegas nas tuas fantasias, queres chegar a alguém e sabes a quem; só que podem não ver que te queres abrigar.Deixas-te ir pelas correntes e suspiras por uma rota que lá te leve; só que sabes e não queres as marés que tens para dar. Tudo de bom.

De Pedro a 08.01.2007 às 18:38

Boa sorte... espero que encontres finalmente o AMOR...

De Joao a 08.01.2007 às 19:29

Desculpa estar a comentar este post... Sabes, estava a procura nao sei d q, e dei c o teu blog. Achei Fabuloso, lindo... Acredita k senti inveja..
vou usar uma frase do meu blog, p comentar o teu..
"Chorei por nao ter sapatos, ate ver alguem k nao tinha pes.."
Parabens, e continua por favor..
Cumprimentos

De mulherde30 a 08.01.2007 às 21:34

P/ PENSARCUSTA: mais nada???? hehehehhe... parece-me que no teu caso não é só pensar que custa! hehehehe... faz assim: segue o conselho da SO TU. Depois, se não conseguires, escreves-me para o meu mail a dizeres o que queres. mas atenção! Todas as que têm nome de fotógrafo é para colocares tambem, nas outras, as que não sei, tambem nada posso fazer. Combinado?... b'jinhos

De mulherde30 a 08.01.2007 às 21:35

P/ SO TU: ela vai tentar.... ou ele vai tentar, não sei! eheheheheh.... b'jinhos

De mulherde30 a 08.01.2007 às 21:36

P/ ACESHIGH: eu tambem gostava, mas fico-me pela vontade. Para dançar o tango, são precisos dois, não é?... b'jinhos

De mulherde30 a 08.01.2007 às 21:42

P/ HAISTACK: teve horas boas... outras nem por isso. Quando não podemos viver, sonhamos. Pelo menos ainda sou capaz de o fazer. A pessoa do meu email? Não sei a que te referes. Mas se queres perguntar se existe uma pessoa em que penso quando escrevi este artigo (ou post para os mais novos heehehh), sim, existe. Na minha vontade apenas, no meu desejo, no meu sonho. Infelizmente, na realidade, tudo é bem mais complicado que isso. Gostar e querer, só por si, não basta. E há lutas em que é dificil manter a preserverança e há esperas em que de tão longas se perdem as forças e o resto da esperança. Sabes como são os adultos, com a capacidade ímpar de complicar o que devia ser simples. De se esconderem para fazerem amor enquanto fazem a guerra em plena luz do dia...espero ter respondido. B'jinhos

De jg a 08.01.2007 às 21:47

Quem desdenha quer comprar? JG

De mulherde30 a 08.01.2007 às 21:47

P/ RUI: correntes... são aquelas coisas que nos incutiram como imorais e nem sempre nos deixam agir por pensarmos ser errado ou pecado. Correntes... são aquelas angustias que nos fazem recordar outras histórias e duvidar da que sentimos agora com o receio que tudo se repita. Correntes... são aquelas coisas que no passado tanto nos feriram e que no Hoje nem sempre nos deixam livres e soltos para podermos ser livres e viver um amor. Correntes... são as recordações e um medo constante de se falhar outra vez. Reprimo talvez porque as grandes histórias, nunca me foram permitidas viver, apenas sentir uma especie de amor. E Sabes?, eu estou perdida há muito tempo... e por isso, não posso acreditar no que me dizes. Quanto ao declarar... eu não sou mulher de guardar as palavras. Quando sinto as coisas cá por dentro, digo-as, ou escrevo-as. Quem dera que bastasse apenas isso para que os sentimentos fossem retribuidos. Se tu soubesses!... b'jinhos

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