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Tudo aquilo que sou...
Vi a foto de soslaio e nem pensei muito antes de a roubar. Nem sequer fixei o nome do fotógrafo. Deve ser homem. Pela forma de ver a mulher. DDiarte. Não sei.
Sei apenas que me fez recordar de quando o corpo ainda era capaz de se contorcer em bancos traseiros sem que ao outro dia ficasse dorido.
De corpos que se roçavam em espaços apertados de cortar a respiração. Do suor que percorria o corpo e o fazia deslizar em movimentos talvez sensuais.
Hoje, prefiro a cama. O espaço. Já não movo o corpo com a mesma flexibilidade em espaços apertados demais para os meus 170 cm.
E dizem que tal, não estou a ficar velha. Que o que conta é o espirito. Claro que estou. Aqui está a prova. E em todas as outras coisas em que o espirito bem que quer, mas de nada vale porque o corpo já não acompanha.
Mas que foram tempos bons, esses do contorcionismo, lá isso foram.
Um dia destes, pego no boy e vou para um caminho escuro de terra batida no meio do mato. Se calhar consigo. Mesmo que no dia seguinte não possa ir trabalhar por causa do torcicolo.
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