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Tudo aquilo que sou...
Há anos que na véspera de Natal, mesmo sem querer, choro...
Aos poucos, há lugares na mesa que vão ficando vagos... e isso entristece-me.
Este ano foi um pouco mais pesado.
Antes de o meu pai falecer, todos os anos vinham nesta noite tios e primos... uma noite cheia de vozes, de risos...
Depois, tudo mudou. Já não havia muita razão para se continuar com uma tradição quando a ponte que nos unia ruiu...
E todos os anos, neste dia, desde que o meu pai partiu, a minha tia, sua irmã, vem cá para deixar presentes a todos nós...
E sempre que a vejo entrar sinto ao aperto no peito porque ela tem tantos traços do meu pai...
E ontem, sentadas à lareira a falar sobre o meu divórcio, ela disse-me:
- Nunca te sintas abandonada, filha, o teu pai olhará sempre por ti. Eu sei que se ele cá estivesse, vos daria presentes como sempre fez... e por isso eu venho cá todos os anos, para de uma forma o representar... é que ele, de tantos irmãos que tive era o que mais amava... e gosto tanto de ti... fazes-me lembrar tanto ele, o meu irmão querido...
E eu chorei... como agora ao escrever estas coisas que tenho aqui contidas em mim, ao recordar as palavras da minha tia...
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