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Tudo aquilo que sou...
Sim...sofrem. Eu sei...
Os homens tambem sofrem. Alguns.
A duvida é muito maior do que aparenta. Como sofrem os homens?
Como exteriorizam a sua dor? Será uma dor de igual medida?
Era tão simples se pudessemos entrar nos outros, perceber-lhes os recantos que escondem do mundo, aqueles pedaços que guardam só para si... aqueles que não nos é permitido descodificar.
Há homens que dizem que sofrem. Dizem...
Aparentemente fazem sofrer sem nunca olharem para trás, surgem com um ar imponente como se isso lhes valesse o perdão do mundo.
Faz-me confusão perceber como certas atitudes não lhes pesam nem um pouco quando se olham ao espelho ou quando adormecem... (talvez porque não adormecem sozinhos, o que não lhes dá muito tempo para pensarem nas merdas que andam a fazer...)
Será que não olham para mais ninguem alem de si mesmos? Que nada mais lhes importa que aquilo que eles desejam?
E os outros? Sim, os outros...aqueles que têm sentimentos. Aqueles que sofrem por algo que nem nunca terão oportunidade de perceber...por relações que morrem à nascença sem uma explicação, sem uma palavra, apenas com uma distância fria, com ausência de palavras, de tudo. E os outros? Aqueles que deixaram crescer um sentimento só porque cometeram o erro de acreditar... aqueles, os outros, que lhes deram o carinho, carinho que agora lhes faz falta.
Olho ao redor e cada vez mais me dizem que para sobreviver ao meio temos que nos adaptar. E adaptar significa o quê? Pergunto eu.
Adaptar significa ser fria em igual medida, indiferente aos sentimentos que outros possam ter por mim, egoista ao ponto de simplesmente não querer saber, de pouco me importar que sofram...de simplesmente desaparecer? Fugir, quase sempre é o mais fácil...é isso que devo fazer?
Não creio. Sou daquelas que paga para ver...mesmo sabendo que o que vai ver a fará sofrer. Sou desse tipo, teimosa e com mau feitio. Mas preciso ver. Por isso as atitudes dizem muito mais que palavras e que olhares....e que todas essas tretas que eles ensaiam antes de sair de casa.
Incomodam-me estas atitudes... assisto desde o incio ao começo de relações que surgem ao meu redor. Ou melhor, assisto ao fim...porque afinal, nada era assim, afinal a atenção, o carinho, o sentimento, não era bem atenção, nem carinho...muito menos sentimento.
Afinal foi apenas um que sentiu...que arriscou por um despertar de emoções. Mas afinal, no final, era nada. Afinal o outro não estava lá.
Só mais um troféu. Talvez porque aquele homem era carente, sem um amor que tanto ansiava. Não esquecendo que era fiel, sensivel...e claro, acima de tudo, detestava mentiras e era muito sincero. Estes homens que dizem que sofrem...que falam de coisas grandes demais, logo eles, que são tão pequeninos...
Homens que nem por um instante têm tomates para ficar, chocar com as coisas de frente, dizer como elas são. Para pelo menos, os outros, os reconhecerem pela sinceridade. Mas não, nem isso.
Onde há os homens coragem? Aqueles que acredito que possam sofrer?
Os homens sofrem?
E nasce uma história, estranha. Em que tudo podia ter sido e nada foi...
E o que resta? Lágrimas.
A facilidade com que se gosta tanto de alguem... hoje. Amanhã já será outra qualquer. Mas a conversa será sempre igual...
Bom era que, como nos livros e nos filmes, pudessemos assistir aos dois lados... mas mesmo os homens que vou conhecendo, não os vejo sofrer assim.
Raios partam os homens que dizem que sofrem.
Mas a verdade verdadeira é que se teimar a encontrar um homem que seja realmente sincero, acabo sozinha. E as probabilidades de me cruzar com ele começam a ser a cada dia menores...
Todos dizem que esse homem existe (os homens quando estão a falar de si mesmos), mas para mim, são como gambuzinos: eu cá nunca vi nenhum.
Como confissão: os amores de Verão estão a terminar. Agora, que o Outono está quase aí, preciso emprestar o ombro às amigas que soluçam baixinho, que com uma lagrimita que teima em cair, me dizem num sorriso forçado: não te preocupes miga, eu estou bem.
Não sei se os homens sofrem, não sei como sofrem... mas tenho pena daqueles que sentem prazer em fazer sofrer.
É que agora, que tudo terminou excepto a dor, aquela dor que fará ter em cada relação que possa nascer muito mais medo de apostar, percebe-se muitas coisas que antes não faziam sentido. O tempo, mesmo que ainda curto, prova que desde o inicio fomos marionetas. Só há um problema: é que todas as respostas que o tempo traz, chegam tarde demais...já nada se pode mudar.
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