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Tudo aquilo que sou...
Fotografia: ?
Tenho horas em que só me apetece gritar e comer ameixas verdes. Que merda.
Venho eu do trabalho, quentinha a conduzir em estradas desertas, a fumar o meu cigarro da tranquilidade, a cantarem "November rain" baixinho, no meu ouvido, só para mim... uma lua lá no céu meia encoberta por nuvens que choram, devagar, uma chuva miudinha....
E pronto....de repente, dei-me conta que estava a pensar em ti.
Fiquei fo****. Claro, gaja que é gaja chateia-se...mas que gaita é essa de invadires assim, de repente, os meus pensamentos? Não estavas bem lá atrás, onde não dói? Não estavas bem lá, onde dizem que já passou? Porque vieste de repente para o presente?
É que não é justo... eu já não adormecia a pensar em ti, quando acordava já não eras tu que me vinhas à memória...já não ficava acordada a pensar em porquês, já não soluçava baixinho, já não repetia mil vezes: telefona-me, anda lá...e já me recusava a telefonar-te por achar que era descer demais....
E do nada, lá estás tu, sorridente, lá estás tu a dormir, lá estão as tuas palavras, os teus gestos, tu em tudo...
E agora, enquanto escrevo, ainda me andas aqui a rondar. Esquece. Fica no teu mundo eu fico no meu. As portas que se fecharam depois do adeus que não se disse, já não têm chave...tu e eu jogámo-las fora. E porque raio ainda penso em ti?
Raios partam esta merda.... que não te vais embora de vez!
Mas vais ver, enquanto escrevo, distraio-me. E no fim, já nem sei porque estava a escrever com tanta força para me doerem os dedos... tenho a certeza que não.
É que assim , tudo fica mais custoso. Eu queria apenas esquecer depressa, acordar no dia em que já não lembrasse... e do nada, vejo-te assim, a vagueares em mim.
Deve ser da musica. Não, não pode ser porque a ouço muitas vezes.
Deve ser da chuva. Tambem não. Todos os anos chove.
Do cigarro muito menos porque fumo todos os dias. Será que isto é mesmo tabaco? E vai daí venderam-me outra coisa qualquer.
Pode ser da lua...mas que posso fazer eu para a tirar de lá?
Nada. Nem quero. Ela é linda demais. Não mereces o trabalho de apagar uma coisa assim de um céu imenso só porque ela me faz lembrar de ti.
E um dia, tenho cá para mim que já nem ela me dirá como raio te chamavas tu. Vais ver...
Arre. Pôrra. Que merda.... parece que andas aqui a jogar à escondidas...
E só para não ser parvinha, chego a casa e faço um penteado todo radical, a cera. Só para me concentrar na dor, dizer uns palavrões e ver se no entretanto esqueço de ti.
Resultado: sofro, digo asneiras, fico com um penteado artistico, olho-me ao espelho, sorrio. E tu ali, a rires tambem. Mas que merda é essa? Quem te deu esse direito? Fo**-**... ainda aqui?!? Não corro contigo porque gaja que é gaja não corre, caminha depressa.
Sinceramente, esta tua mania de fazeres parte da minha vida, sem fazeres, não tem piada. Nenhuma. Quereres continuar depois de ires embora é teres importância a mais, não concordas? Chega a dar nos nervos...
Quero ver se não volto a pensar em ti. Ouviste?
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