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Tudo aquilo que sou...
- Querida, logo podíamos...
- Logo? Que tal fazermos já o aquecimento?
Ah pois! Gostas pouco, gostas...
É que sexo, o do bom, não tem agenda. Não tem hora nem lugar. O sexo bom vai começando enquanto se faz o jantar, se passa a ferro, se lava a loiça, se coloca a roupa na máquina...é que haja imaginação que as posições são naturais. (talvez por isso digam as bocas correntes que são tarefas de mulher. Quer dizer, não são... mas que é meio caminho andado para mentes badalhocas, é.)
E se a ginástica cansa o corpo, o sexo revitaliza. E se os pais estão ali ao lado, temos que ir ao carro que está na garagem...só porque estamos com vontades selvagens.
E se vamos ao jantar de aniversário em casa de amigos, há pés que se descalçam e procuram.
E se fomos ao dentista, pode nem haver longos beijos de lingua nem broxes e mesmo assim ficamos com imensas opções à escolha.
Período? Isso é um pormenor. Que ambos estejam à vontade, na posição certa e com um pouco de cuidado tudo se resolve. Se bem que ficamos a parecer funcionários do talho.
Os lençóis sujos? Corpos pegajosos? Hum.... óptimo. Pela manhã um duche a dois e no quarto um cheiro a suor.
Dores de cabeça? Ha Ha Ha
Todos sabem que o sexo é o melhor remédio, portanto....
E se nas escadas a vizinha nos olha com aquele ar de carneiro mal morto, de enjoadinha, de sem sal, só porque não dormiu com o barulho que fizemos....paciencia! Que se tivesse juntado ao grupo ou tivesse feito o mesmo com o marido. Que culpa temos se ela faz parte do grupo do sexo normal?
Além disso, o olhar de inveja não nos incomoda, como não incomoda as filas de transito ou o mau humor do chefe ( que é o tal que anda a comer a secretária, marido da fanhosa com quem nos cruzámos na sescadas com ar esgazeado. O tal que combinou com ela darem uma na passagem do ano....só faltam 6 meses!)
E é claro que o sexo louco, por vezes, não acontece numa primeira vez. Nessa primeira vez há o medo de se fazer tudo errado. (as quecas de uma noite não contam, nessas não há medo de nada....)
Primeiro é preciso saber se o companheiro tambem é dado a esse tipo de sexo ( e rezar para que sim). É preciso saber até onde vai a loucura do outro. E quando se começa, não se quer mais parar. Não importa que daqui a pouco tenhamos que nos levantar para ir trabalhar.
O sexo louco vicia. E por vezes o sexo louco de louco não tem nada. Afinal é normal.
O sexo louco tem gemidos, respiração ofegante, tem riso, tem suor, tem palavras, tem vontade, tem pressa, tem tesão, tem gosto que gosto e sabor.
Não tem pudor nem vergonha. Deixa-nos livres.
O sexo louco é nas paredes, nas mesas, nas cadeiras, no sofá, no tapete, nos vãos de escada, no terraço, no elevador.
Os corpos buscam-se por natureza.... não se pergunta. Faz-se.
E agora que escrevo tudo isto, quer-me parecer que de longe, prefiro este grupo. Não querendo perder-me definitivamente do outro, do sexo normal....que tambem tem muito de sensualidade.
O grupo do sexo louco....quero este com mais frequencia. O dos felizes. O dos loucos. O dos que cansam o corpo para carregarem uma alma mais leve. O dos que rasgam a pele...que querem cravar os dedos numa pele que não a deles, por paixão, por amor, por insanidade...ou porque sim. O dos que trazem um sorriso tonto no rosto e que sonham acordados com imagens nuas....
7 minutos?? Nunca ouvi falar....
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